Indagações sobre Currículo - Educandos e Educadores seus direitos e o Currículo

Indagações sobre Currículo – Educandos e Educadores seus direitos e o Currículo.
Miguel Gonzáles Arroyo


Neste texto, o autor procura refletir a respeito da organização curricular, da importância do trabalho dos educadores, a forma de aprendizado e o aprender dos educandos. Ele ressalta a necessidade de um aprofundamento na analise do currículo em face ao contexto atual, sendo esse o momento oportuno para que seja feito um debate envolvendo os questionamentos referentes ao mesmo, para que modificações sejam feitas em prol da formação plena e da cidadania.
Assim como Elvira Souza Lima, no texto “Currículo e Desenvolvimento Humano”, Arroyo evidencia as mudanças pelas quais atravessa nossa sociedade, a posição do sujeito em sua conformação social, cultural e profissional e a redefinição da sua identidade pessoal. Tais mudanças sugerem novas práticas, novos métodos e um novo olhar pedagógico para a formação humana em sua caminhada social, política e cultural.
As escolas vêm procurando adaptar-se a essas mudanças gradativamente, porém mantendo ainda um estilo padrão em seus currículos. As antigas fórmulas continuam sendo repetidas constituindo novos problemas. O autor critica a mercantilização da educação, citando que trabalho é ainda a fonte principal de onde e para onde o currículo está voltado, e o conhecimento está embasado nas perspectivas do mercado capitalista. Prepara-se o educando para o “uso” criterioso desse mercado de trabalho, em detrimento ao conhecimento pleiteado para além da formação do indivíduo, ou seja, do homem como ser social, do cidadão.
O trabalho é uma das bases fundamentais para a formação do homem e para tanto, deve fazer parte da estrutura curricular, sem, no entanto, suplantar conhecimentos e saberes que verdadeiramente preparam e enriquecem o homem dentro das relações sociais.
Debater o currículo é questionar os moldes da escola, com suas regras e diretrizes sedimentadas em valores hierarquizados, é também discutir o trabalho do educador que reproduz obrigatoriamente as imposições pautadas na organização curricular. É reavaliar o processo ensino-aprendizado, a apreensão dos conhecimentos adquiridos e administrados. Priorizando solucionar as dificuldades e variáveis do aluno - educando, respeitando seu tempo, espaço e identidade, reconhecendo as respostas ao trabalho do educador.

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